Zenão
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Quem foi Zenão de Cício?

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Mensagem  João Reis Sex maio 02, 2008 10:08 am

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Zenão de Cício
Duração de sua vida: cerca de 334-262 a.C.

Filósofo grego, da ilha de Chipre (cidade grega que recebera colonos fenícios)
Filho de Mnasea, Zenão era um jovem de raça semítica. Viveu no Chipre até se transferir para Atenas, por volta de 312-311 a.C., aos 22 anos, por uma opção, segundo dizem, espiritual. O seupai, que viajava entre Chipre e Atenas como comerciante, levou-lhe, ao retornar de uma de suas viagens, alguns escritos socráticos. Desde então, passou a levar-lhe outros livros socráticos. Foram, muito provavelmente, esses "livros socráticos" que amadureceram o jovem na decisão de se transferir para Atenas e ter contacto directo com as fontes da cultura helénica e dedicar-se inteiramente à filosofia. Zenão estudou pelos livros os filósofos antigos e, em Atenas, tendo a oportunidade de estudar o pensamento de seus contemporâneos. Heráclito, Sócrates, Epicuro, académicos, todos colaboraram para o desenvolvimento da sua própria filosofia. Foi discípulo do cínico Crates, de onde provém muita da sua doutrina, no que diz respeito ao desinteresse dos prazeres e à simplicidade. Um acontecimento contribuiu de modo determinante sobre Zenão: a fundação do Jardim, por Epicuro, em 307-306 a.C. Esse acontecimento constituiu uma verdadeira revolução na vida espiritual de Atenas. Zenão certamente compreendeu que Epicuro procurava satisfazer as mesmas necessidades que também ele experimentava. Procurava dar voz às instâncias que também sentia como imprescindíveis. Praticava a filosofia como novo valor de "arte de viver". Mas se Zenão dividia o conceito epicurista da filosofia, assim como o consequente modo de expor os problemas filosóficos, não aceitou as soluções desses problemas e tornou-se logo ferrenho adversário dos dogmas do Jardim. Portanto, a abertura do Jardim agiu como estímulo sobre Zenão, levando-o, em 300 a.C., a fundar a sua escola. Como não era cidadão ateniense, não tinha direito de adquirir um edifício, por este motivo, dava as suas aulas no Pórtico. Em grego, Pórtico diz-se Stoa e, por essa razão, os seus seguidores foram chamados de "estóicos". Após ter frequentado as escolas destes mestres, procurou fundar uma nova doutrina em Atenas, que tem como base o Pórtico (do grego stoa) e que dará nome à escola: o estoicismo. Zenão costumava dar as suas aulas passeando de um lado para o outro no Pórtico. Eram muitos os que o escutavam. No Pórtico, diferentemente do Jardim, foi admitida a discussão crítica em torno dos dogmas do fundador da escola e, por esse motivo, estes foram submetidos a aprofundamentos e revisões. Temas como: Lógica; Dialéctica; Retórica; Física; Antropologia; Ética; Virtude; Felicidade; Dever; Os destinos da alma; O universo e o lugar do homem neste; Deus; A necessidade e a liberdade, etc. Todos estes temas foram discutidos por Zenão e seus seguidores. Os assuntos estudados pelos estóicos são vários, mas a moral e a virtude eram de muita importância para eles. Zenão morreu em 262 a.C. Os Seus ensino merecem grande estima e respeito, devido ao elevado senso moral. Embora fosse estrangeiro, os atenienses conferiram-lhe grandes honras. Os estudiosos esclarecem que é necessário distinguir três períodos do Estoicismo: o período do antigo Pórtico - final do século IV a todo século III a.C., no qual a filosofia do Pórtico é desenvolvida e sistematizada por Zenão, Cleanto e Crisipo (este último, o discípulo mais importante de Zenão); O período chamado de Médio Pórtico, que se desenvolve entre os séculos II e I a.C. e que se caracteriza por infiltrações ecléticas na doutrina original; O período do Pórtico romano ou do Novo Pórtico, que se situa já na Era Cristã, na qual a doutrina tornou-se essencialmente meditação moral e assume fortes tons religiosos, em conformidade com o espírito e as aspirações dos novos tempos. Por estas distinções é que se mantém, portanto, a necessidade de examiná-los separadamente. O pensamento de Zenão é conhecido sobretudo através de seu discípulo Crisipo, pois as suas obras foram todas perdidas.


João Reis
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